quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

.por uma virada diferente.

.vamos comer caetano, costela de adão, azeitonas e chocolates. vamos brindar com vinho, cerveja, cachaça e o que mais couber na térmica. espero que a digital sobreviva para contar essa história. no mais, um adeus saudoso à 2010 e um "?hola, que tal?" ao novo ano que tá quase rasgando esse tempo.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

o que é o amor para você?

para mim são quatro anos de sr hb querendo mais a eternidade, pode ser?

17/12/10 - mori, feliz nosso dia!

o que é o amor para você?

"É difícil falar de amor, escrevi um livro inteiro sobre isso e ainda estou aprendendo. O amor na teoria é uma coisa, na prática é outra. Não significa o mesmo para todas as pessoas, não é encontrado no mesmo lugar e da mesma maneira. Os que têm a sorte de encontrá-lo experimentam um sentimento de antiguidade, de reconhecimento, o amor antecede a sua realização. As pessoas amam o amor antes de vivê-lo. Ele não é nunca uma surpresa. Você está numa estação de trem esperando por ele. O problema é que se pode confundir e reconhecer a pessoa errada pára só depois perceber o engano. Mas isso não quer dizer que o amor não exista".

Marina Colasanti.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

última fase da mudança para a casita, a estante dos livros ficou para o final. a gina me deu uma mãozinha, digo patinha, e o che ficou embaixo só olhando a "arrumação".




"as coisas que não existem são as mais bonitas" MdB

Oco, por Ivana Arruda Leite.

Você lamenta que nada tenha dado certo entre nós, diz que nunca amou ninguém igual, que ainda sente muito minha falta e me imagina ao seu lado até hoje, dividindo o pouco que a vida lhe dá (um filhote de cachorro, um copo de vinho, um cd novo). Besteira lamentar, amor também é buraco e o nosso nasceu com essa vocação. E buraco é bonito também. E vai ficando mais bonito à medida que envelhece, mais bonito e mais fundo. Vista o seu que eu visto o meu.


(conto publicado na revista PS-SP em 2002)

















Washington, 5 de outubro de 1953, segunda-feira

Fernando,
Não tenho feito muitos amigos (salvo uma enfermeira da maternidade que gostou de mim e depois de quase oito meses de Paulinho nascido vem me visitar na folga — hoje toma chá comigo), e não tenho influenciado nenhuma pessoa. Tomo menos milk-shake e levo uma vida diária vazia e agitada. Passo o tempo todo pensando — não raciocinando, não meditando — mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o que, mas aprendendo. E com a alma mais sossegada (não estou totalmente certa). Sempre quis “jogar alto”, mas parece que estou aprendendo que o jogo alto está numa vida diária pequena, em que uma pessoa se arrisca muito mais profundamente, com ameaças maiores. Com tudo isso, parece que estou perdendo um sentimento de grandeza que não veio nunca de livros nem de influência de pessoas, uma coisa muito minha e que desde pequena deu a tudo, aos meus olhos, uma verdade que não vejo mais com tanta frequência. Disso tudo, restam nervos muito sensíveis e uma predisposição séria para ficar calada. Mas aceito tanto agora. Nem sempre pacificamente, mas a atitude é de aceitar.

Clarice Lispector, em Correspondências.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

.primeiro ano.

sábado que vem recebo minhas notas no espanhol e fecho meu primeiro ano de estudos da língua que tanto amO. teremos também uma festa com a turma e com a melhor professora del mundo intero. parece que foi ontem que o curso começou. temos mais 2 anos e meio de estudos pela frente, que bom!

fui morar numa casinha-nha enfeitada-da de cupim-pim-pim....

dia 04/12/10, 12 dias antes do aniversário de 4 anos em que me apaixonei pelo sorriso do sr hb, fui morar com o tal moço. e também com a gina, o che, a preta e a marrom. hanna ficou com a avó, só para evitar mortes. estamos em fase de arrumação da casita, temo que essa fase dure ad eternum!

hanna e eu.














morena e preta.















gina e che.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

.sobre fazer listas e blá blá blás.

sou doida por uma lista. faço lista anual, mensal, semanal e diária (por turno). traço o meu futuro como uma cartomante bêbada, teimo em me adiantar como se fosse dona do tempo. minha agenda dita o dia, tem sido assim nos últimos dez anos. cansei. o único plano para o ano que vem é não ter plano algum. vou me cobrar menos. me levar menos à sério. gastar tempo na feira. cultivar uma horta. cozinhar. receber os amigos em casa. cuidar de mim (academia todo dia e salão toda semana - eu perua). cuidar da casa. do noivo. dos bichos. viajar para um lugar novo. ler os livros que comprei e não li. ouvir todos os meus discos novamente. conhecer novos discos. aprender a tocar viola (sonho antigo). ir ao cinema no meio da semana. ir à livraria no meio da semana. ir ao castagno no meio da semana. parar de comer carne. fotografar o cotidiano. visitar a família e ficar feliz pelas horas de conversa miolo (de pote). continuar o espanhol. fazer mais tatuagens. orra! sem perceber (claro que percebi, e gostei) acabei fazendo uma soft lista aí atrás. e antes de apagar tudo e cancelar esse post ridículo, confesso, decepcionada, que não posso viver sem listas, no no no. vamos combinar que a fofa aí de cima está leve, beeeem leve. 2011 vai ser meu ano sabático, pelo menos é o que diz a lista acima. (Ow yeah)

ps. cutuco você, querido amigo que me lê (alguém me lê?), não dá a impressão de que quando a gente faz uma lista de planos para o ano seguinte a gente vive o ano antes mesmo do ano chegar? com o tal do ano traçado você se imagina fazendo as coisas que planejou, é bom. e é perigoso. hoje é dia 08/12/10, o que eu fiz hoje? uma lista.

*por um 2011 mais leve. com lista ou sem lista. quem viver, verá.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

.2010 e uma oração.

para mim, anos pares inspiram. são anos cheios, redondos, robustos. no meu retorno de saturno, 2010 representou bem um ano par, fez um golaço. esse ano momo em seu último suspiro, dezembro, e após um tufão de dúvidas e inseguranças em suas entrelinhas de janeiros à novembros, me fez uma grande surpresa. parecia que tudo estava calculado, as matemáticas eram: vamos deixar essa criatura pensar bastante, hesitar e vacilar para no dezembro fazer sentido. pois fez. está fazendo. essa coisa de descobrimentos são sérias e particulares, quase sagradas porque nos aproxima da essência do mundo, de estar no mundo. a superação de velhos conceitos e o amor de algumas pessoas me levaram à tal situação, alguns chamam de amadurecimento, eu chamo de paz. estar aqui é maravilhoso e nenhuma dor é maior que a experiência de existir, estou pronta para os anos ímpares, que venham novas provas porque o caminhar é infinito.

Paz, amor e harmonia para todos!